A capital paulista registrou chuvas acima da média durante a primeira quinzena do mês de março, e no acumulado, um volume pluviométrico de 193,4 milímetros, uma porcentagem de 10,4 acima dos previstos para o período de acordo com os dados do Centro de Gerenciamento de Emergências da prefeitura. 

Neste domingo, dia 20 de março, temos a virada de estação para o outono, com previsão de diminuição nas chuvas no decorrer da segunda quinzena do mês, apontando temperaturas mais amenas pelo município. 

Segundo as explicações do meteorologista do CGE, Thomas Garcia, seguiremos com condições de chuva pelo menos até domingo devido a uma frente fria que passará pelo litoral, trazendo chuva naquela região e pela faixa leste como um todo. 

Este mês de março mais chuvoso veio após o segundo fevereiro mais seco registrado na história do CGE. Foram 34% de chuva na média do mês, o equivalente a 75,1 milímetros, 66% abaixo do esperado que era de 220,8 milímetros. Thomas Garcia explicou: 

“Além de dar uma compensada na falta de chuvas de fevereiro, agora em março, o que está colaborando para essa situação é o Oceano Atlântico um pouco mais aquecido entre o litoral da Região Sul e o da Região Sudeste”. 

Durante a primeira quinzena de março, só não choveu no dia 2, porém o dia mais chuvoso foi o dia 12, com quase 43 milímetros segundo o CGE. A temperatura também foi acima do esperado, apontando uma máxima de 2,9º C, sendo que a prevista para março era 28,3º C. 

Garcia acrescentou que a primeira quinzena foi bastante chuvosa, e agora com essas frentes frias passando com mais frequência, a tendência é que as temperaturas não sejam as mesmas das últimas quatro semanas, e destas quatro, três tiveram temperaturas que passaram dos 30 graus. 

De acordo com o meteorologista, o outono de 2022 provavelmente será igual do ano passado, e ele ainda destacou o seguinte: 

“Ainda com influência do fenômeno La Niña, a tendência é de temperaturas dentro ou um pouco abaixo da média. Não teremos condições para chuvas”. O comum realmente é a redução gradual das chuvas, quando a gente observa abril, maio, junho. Ou seja, quanto mais próximo do inverno, esses volumes de chuva são menores”.