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Brasil Conquista Primeiros Ouros nas Paralimpíadas 2024 em Grande Estilo
Publicado em 30/08/2024
O Brasil começou com tudo nas Paralimpíadas 2024! Em apenas dois dias de competições, os atletas brasileiros já garantiram suas primeiras medalhas de ouro. O nadador mineiro Gabriel Araújo, conhecido como Gabrielzinho, de 22 anos, e o corredor paulista Júlio César Agripino, de 33, estão prontos para voltar para casa com suas malas pesadas de conquistas.
O Brasil, sempre uma potência no esporte paralímpico, mostrou a que veio logo no início das competições. Gabrielzinho brilhou ao conquistar o ouro nos 100 metros costas da classe S2 na natação. Mas as surpresas não pararam por aí!
No segundo dia de competições, mais uma vitória dourada. Júlio César Agripino correu os 5.000 metros da classe T11 (para atletas com deficiências visuais) em impressionantes 14 minutos, 48 segundos e 85 centésimos, não só conquistando a medalha de ouro, mas também estabelecendo um novo recorde mundial paralímpico na distância.
Gabrielzinho, conhecido por sua incrível velocidade na água, já está acostumado ao pódio. Essa é sua segunda participação nos Jogos Paralímpicos, e com essa nova medalha, ele acumula três ouros (50m livre, 200m livre, 100m costas) e uma prata (100m costas) em sua carreira paralímpica.
“Essa prova é muito desafiadora para mim, especialmente depois de ter ficado com a prata em Tóquio. Trabalhei duro junto com meu treinador para transformar aquela prata em ouro, e o resultado foi além das minhas expectativas. Eu não apenas nadei, eu dominei a prova! Realizei um sonho e posso finalmente dizer que sou campeão dos 100 metros costas”, comemorou Gabrielzinho após a vitória em Paris.
Por sua vez, Júlio César Agripino não se contentou apenas com a medalha de ouro. Determinado, ele quebrou o recorde mundial, mostrando toda a sua força e superação. Diagnosticado com ceratocone, uma doença degenerativa da córnea, aos sete anos, Júlio brilha agora nas pistas de atletismo.
Ele compartilhou que, para controlar o nervosismo, intensificou o trabalho com sua psicóloga, o que claramente deu resultado. “É uma emoção indescritível ser campeão paralímpico e quebrar um recorde mundial. Essa vitória é a prova de que a força da periferia pode nos levar longe. Comecei treinando em um campinho simples, mas com muita determinação e esforço, alcancei meu objetivo. Dedico essa medalha ao meu avô, que sempre me apoiou”, disse ele em entrevista ao Comitê Paralímpico Brasileiro.
Até o momento, o Brasil já subiu ao pódio seis vezes nestas Paralimpíadas, ocupando o 4º lugar no ranking geral. Além dos ouros de Gabrielzinho e Júlio César, Phelipe Rodrigues levou a prata nos 50 metros livre S10 da natação, enquanto Gabriel Bandeira (100m borboleta – S14), Yeltsin Jacques (5000m da classe T11) e a dupla Cátia e Joyce Oliveira no tênis de mesa garantiram o bronze.
Com a melhor campanha de sua história em Tóquio 2020, as expectativas para o Brasil em Paris são ainda maiores. E, pelo que já vimos, nossos atletas estão prontos para continuar fazendo história!