No testamento assinado em novembro de 2016, antes de sua morte em 2024, o ex-jogador e técnico de futebol Mario Jorge Lobo Zagallo expressou seu descontentamento com três dos quatro filhos, acusando-os de tentativa de extorsão e anulação do inventário de sua esposa, Alcina de Castro Zagallo, falecida em 2012.

Zagallo deixou claro seu desejo de destinar metade de seus bens exclusivamente para o caçula, Mario Cesar de Castro Zagallo. O testamento, solicitando a abertura e cumprimento, foi apresentado em 9 de janeiro, apenas três dias após o falecimento do tetracampeão.

Segundo informações do Notícias da TV, o ex-jogador nomeou Mario Cesar como inventariante e expressou sua profunda tristeza e mágoa com os outros três herdeiros: Marília Emília, Paulo Jorge e Maria Cristina, que ficaram de fora do testamento. A reação dos demais membros da família foi de insatisfação, e uma disputa judicial foi iniciada para reaver os direitos dos herdeiros excluídos.

Mario Cesar, por sua vez, teria tomado o controle das finanças de Zagallo e apoiado a venda de vários imóveis, totalizando mais de R$ 10 milhões. Os irmãos excluídos da herança alegam que estão adotando medidas judiciais para anular o testamento e reparar possíveis danos patrimoniais.

A legislação brasileira estabelece que metade dos bens de uma pessoa deve ser dividida igualmente entre os herdeiros diretos, como filhos e esposa. Os outros 50% podem ser distribuídos conforme expresso no testamento. No caso de Zagallo, Mario Cesar ficará com 62,5% dos bens, enquanto os demais herdeiros terão apenas 12,5% cada.