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Mineira com doença rara busca apoio para realizar eutanásia na Suíça

Publicado em 10/07/2024

Mineira com doença rara busca apoio para realizar eutanásia na Suíça

Carolina Arruda Leite, uma jovem mineira de 27 anos, está mobilizando esforços para arrecadar fundos visando realizar a eutanásia na Suíça, onde o procedimento é legalizado. Diagnosticada com neuralgia do trigêmeo bilateral há 11 anos, uma das condições mais dolorosas conhecidas pela medicina, Carolina enfrenta uma dor lancinante e constante que limitou drasticamente sua qualidade de vida.

A neuralgia do trigêmeo provoca dores intensas, descritas por muitos pacientes como insuportáveis, desencadeadas por atividades cotidianas simples como mastigar ou falar. Após tentativas exaustivas com tratamentos médicos e quatro cirurgias sem sucesso, Carolina decidiu buscar a morte assistida como última opção para alívio de seu sofrimento.

Casada e mãe de uma criança de 10 anos, Carolina compartilha seu amor pela leitura e pela atividade física, paixões que a condição dolorosa lhe tirou. Determinada a seguir uma carreira na medicina veterinária, ela viu seus planos interrompidos pela persistência da dor.

Mineira com doença rara busca apoio para realizar eutanásia na Suíça

Atualmente, Carolina já arrecadou cerca de R$ 110 mil dos R$ 150 mil necessários para custear o procedimento na Suíça. Enquanto ela busca apoio financeiro, projetos de lei sobre morte assistida estão em discussão no Congresso Nacional, refletindo um debate crescente sobre o direito à morte digna no Brasil.

A condição de Carolina é considerada refratária, o que significa que não responde aos tratamentos convencionais disponíveis. Apesar dos esforços da medicina, sua dor persiste, levando-a a buscar alternativas legais fora do país para encerrar seu sofrimento de forma assistida.

Carolina espera que sua luta traga maior conscientização sobre a neuralgia do trigêmeo e a necessidade de opções humanitárias para pacientes em situações semelhantes.

Um Novo Caminho de Esperança

O neurocirurgião Wellerson Sabat Rodrigues, de Minas Gerais, se compromete a tratar Carolina Arruda, de 27 anos, utilizando técnicas inovadoras para aliviar a nevralgia do trigêmeo, descrita como uma das piores dores conhecidas. Ele planeja utilizar dispositivos implantáveis com eletrodos para controlar a dor específica de Carolina, uma abordagem que ainda não foi tentada no caso dela.

O médico expressa otimismo quanto à eficácia das novas técnicas, destacando seu potencial para encerrar o ciclo de dor e sofrimento da jovem.

Ao ser informada sobre o novo tratamento, Carol se mostrou disposta a tentar e resgatou parte da esperança perdida.

Tudo é válido para minimizar a dor”, declarou ela. “Tudo vai depender do que eles me apresentarem porque se for uma terapia que não tem muitas chances de sucesso, não tem muitos estudos, eu não vou me arriscar e me submeter a mais tipos de cirurgia”, disse.


 
 
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