Uma nova esperança surge no horizonte da luta contra o câncer de pele, especialmente o Melanoma, tipo mais grave da doença. Uma vacina desenvolvida pela colaboração entre os laboratórios Moderna e MSD está prestes a entrar na fase final de testes ainda este ano, utilizando a mesma tecnologia que se mostrou eficaz no combate à pandemia do coronavírus.

De acordo com os pesquisadores envolvidos no desenvolvimento da vacina, a fórmula, quando aliada à imunoterapia, reduziu em 49% a chance de morte em pacientes e a possibilidade de recorrência do câncer.

A fase 3 dos testes clínicos está programada para iniciar ainda este ano, sob liderança da Universidade de Londres, e contará com a participação de mais de mil voluntários. Caso os resultados sejam promissores, a vacina poderá receber aprovação das agências reguladoras já no próximo ano, tornando-se disponível para o público em geral.

O processo de produção da vacina é personalizado para cada paciente. Após a remoção de um pedaço do tumor, a inteligência artificial (IA) realiza o sequenciamento do DNA, permitindo a produção da vacina de tecnologia RNA mensageiro, sob medida para cada caso. Essa vacina identifica as células cancerígenas e estimula as células T do sistema imunológico a combatê-las.

Embora o custo do tratamento não tenha sido divulgado oficialmente, estima-se que possa chegar a cerca de R$ 2,5 milhões por paciente, considerando um tratamento que pode incluir até nove doses. Os pesquisadores também acreditam que essa abordagem inovadora possa ser eficaz no tratamento de outros tipos de câncer, como o de pulmão, rim e bexiga.