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Excesso de notícia ruim pode afetar o cérebro e a saúde física, alertam especialistas

Publicado em 05/05/2025

Excesso de notícia ruim pode afetar o cérebro e a saúde física, alertam especialistas

Uma simples escolha cotidiana – o tipo de notícia que consumimos – pode ter consequências profundas para a saúde mental e física. O alerta vem da neurologista Anete Guimarães, do Rio de Janeiro, que viralizou nas redes ao afirmar que o corpo humano precisa de até cinco horas de contato com notícias positivas para neutralizar os efeitos de apenas cinco minutos de exposição a conteúdos negativos.

Segundo a médica, o problema não está apenas na informação em si, mas na resposta química que ela provoca no organismo. “Se você envenenar sua mente, você diminuirá a resposta imunológica”, afirmou Anete. O motivo está nos neurotransmissores: emoções negativas ativam substâncias como a adrenalina e o cortisol, que, em excesso, estão ligadas a doenças como hipertensão, diabetes, distúrbios de humor e até problemas de pele.

A sensação de medo, impotência e vitimização diante de notícias trágicas aciona o sistema de defesa do cérebro, que libera essas substâncias como reação ao estresse. Com o tempo, essa descarga constante pode comprometer a saúde.

A preocupação não é isolada. Um estudo publicado em 2024 por pesquisadores da Universidade Médica de Tianjin, na China, acompanhou 407 mil britânicos por 13 anos e revelou dados alarmantes: pessoas que passam cinco horas ou mais por dia assistindo a notícias ruins têm risco 44% maior de desenvolver demência, além de aumento de 12% no risco de derrame cerebral e 28% no de Parkinson.

Durante o estudo, mais de 5 mil participantes desenvolveram demência, mais de 6 mil sofreram AVC e mais de 2 mil foram diagnosticados com Parkinson. Os cientistas concluíram que longos períodos diante da televisão, especialmente consumindo conteúdos negativos, estão diretamente associados a distúrbios neurológicos.

Diante disso, a recomendação dos especialistas é clara: buscar equilíbrio no consumo de informações, priorizar conteúdos positivos e evitar o excesso de notícias ruins, que podem não apenas afetar o humor, mas comprometer seriamente a saúde do cérebro e do corpo.