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O SEGREDO DA FELICIDADE PODE SER MAIS SIMPLES DO QUE PARECE
Publicado em 07/05/2025

Depois de quase oito décadas acompanhando a vida de centenas de pessoas, pesquisadores da Universidade de Harvard chegaram a uma conclusão que desafia expectativas comuns: a chave para uma vida feliz e saudável está nos laços que cultivamos ao longo do tempo, e não na conta bancária ou nos títulos profissionais.
Essa é a principal descoberta do Estudo de Desenvolvimento Adulto de Harvard, a mais longa pesquisa já realizada sobre felicidade e saúde mental. Iniciado em 1938, o levantamento acompanhou voluntários por mais de 75 anos, analisando suas emoções, relações, hábitos e qualidade de vida.
“A mensagem mais clara que tiramos desse estudo é simples: bons relacionamentos nos mantêm mais felizes e mais saudáveis. Ponto final”, afirmou o psiquiatra Robert Waldinger, diretor do estudo, em entrevista ao The New York Times.
Os dados mostram que vínculos afetivos sólidos com parceiros, familiares ou amigos, não só trazem mais felicidade, como também influenciam positivamente a saúde física e mental. Pessoas que mantêm conexões próximas tendem a viver mais e com maior bem-estar.
Essa conclusão também é reforçada por outras pesquisas na área da psicologia. A cientista Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, destaca o poder dos pequenos gestos para criar conexões significativas. “Quando escrevo uma carta de gratidão ou pratico um ato de gentileza, sinto-me mais próxima das pessoas. Isso nos conecta e nos faz mais felizes”, afirma.
Até mesmo interações breves, como uma conversa rápida com alguém no elevador ou no ponto de ônibus, têm impacto positivo no humor. Um estudo da Universidade de Chicago aponta que momentos simples de contato humano podem gerar efeitos duradouros na percepção de bem-estar.
A psicóloga Julia Roher, do Instituto Max Planck, vai além: suas pesquisas indicam que quem prioriza tempo com amigos e familiares experimenta um aumento mais significativo na satisfação com a vida do que aqueles que focam exclusivamente em metas profissionais ou financeiras.
Em tempos de hiperconectividade digital e isolamento emocional, os dados reforçam uma verdade atemporal: felicidade não se compra, se cultiva nas relações que construímos ao longo da vida.
Fonte: Só Notícia Boa